Primeiros casos da doença foram registrados no dia 14 de março em Campo Grande. 75 mil casos e 1.449 óbitos depois, estado registra queda de registros, mortes e média móvel da doença, mas especialistas alertam para que população continue seguindo medidas de higiene e biossegurança.
Por João Pedro Godoy, G1MS
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2020/g/h/XkhmqBSJmEK6s6qvXfLw/114805240-ml3.jpg)
Coronavírus — Foto: Getty Images/Via BBC
Nesta quarta-feira (14), serão completados exatos sete meses desde os dois primeiros casos de Covid-19 confirmados em Mato Grosso do Sul. Neste período de 213 dias, a doença deixou diversas marcas no estado, que viu 75 mil pessoas serem infectadas em todos os seus municípios, além de 1.449 vidas serem perdidas em decorrência do coronavírus.
Ainda em março, o primeiro óbito, o de uma idosa de 64 anos, foi registrado. Os casos continuaram a crescer no estado e as mortes seguiam a tendência. Em julho, Mato Grosso do Sul ultrapassou a marca dos 10 mil casos da doença e tinha 117 mortes registradas. O pior veio em agosto, quando o número de mortes recorde foi o ápice registrado em toda a pandemia, com 478, número 48% maior do que o mês anterior.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2020/8/Q/eM02KXQsqw7eh3NMIXSw/a0.jpg)
Teste da covid-19 em MS — Foto: Detran/Divulgação
Foi neste período que ocorreu o ponto crítico da pandemia no estado, de acordo com o infectologista Júlio Croda. Ele explica que o aumento exponencial no número de casos e mortes em julho e agosto quase provocaram um colapso no sistema de saúde do estado. A ocupação de leitos de UTI atingiu 95% em Dourados e, no fim de julho, e deixou os hospitais de Campo Grande com 100% das UTIs para pacientes com Covid-19 no SUS ocupadas. “Mas em nenhum momento houve falta de leitos ou pessoas morrendo sem conseguir atendimento médico”, ressaltou Croda.
Em setembro, o estado passou dos mil óbitos registrados e tinha média de seis mortes constatadas em decorrência da doença diariamente. Uma das mais de mil vidas tiradas pela Covid-19 foi do técnico de enfermagem João Paulo Rodrigues da Matta, aos 38 anos. Ele morreu em agosto, após 17 dias internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Proncor de Campo Grande.
À TV Morena, a esposa de João Paulo contou que o marido era saudável e não tinha comorbidades. “Foi um choque, ainda estamos muito abalados com a ida dele. Um homem que nunca teve doença alguma, gostava de praticar esportes e era apaixonado pela profissão. É muito difícil perder alguém para a Covid-19”, afirmou.