De acordo com o relato das vítimas, o atirador se escondia na mata da rodovia e usava uma lanterna para sinalizar a presença antes de começar os disparos.
Por g1 MS
O homem suspeito de atirar contra um série de veículos na MS-384, em Antônio João, se tornou réu no processo que investiga o crime. Ramão Vilhalba Filho, de 43 anos, está preso em Campo Grande desde o fim de outubro.
De acordo com a polícia e os depoimentos contidos na denúncia do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, o homem se escondida a cerca de 10 quilômetros após o trevo da MS-164, trecho conhecido por ter uma mata fechada. As vítimas relataram que o atirador ficava camuflado na mata e usava uma lanterna para sinalizar a presença antes de abrir fogo contra os veículos.
Segundo as autoridades, pelo menos quatro pessoas ficaram feridas após serem atingidas por estilhaços durante os ataques.
Na denúncia do MP foi constatado que “os crimes foram praticados mediante recurso que impossibilitou a defesa das vítimas, pois ele agiu de surpresa, por vezes escondido, disparando em direção aos ocupantes dos veículos que transitavam naquela rodovia”.
“Há indícios de autoria e prova da materialidade delitiva, conforme boletins de ocorrência, laudos de exame de corpo de delito, fotografias, autos de apreensão e depoimentos colhidos pela autoridade policial”, detalhou a denúncia.
Um dos carros atingido pelo ataque — Foto: Redes sociais
Vítimas
O homem agia sozinho e utiliza uma arma. Uma das vítimas foi um homem de 55 anos, morador do assentamento Itamarati, em Ponta Porã. Ele passava de moto pela MS-164 quando foi atingido por três tiros, um no maxilar e os outros de raspão no braço e no tórax.
A vítima foi socorrida para um hospital em Dourados, onde passou por atendimento médico e foi liberada.
Além do motociclista, o delegado conta que as outras duas vítimas do suspeito, também não ficaram feridas com gravidade. “As polícias Militar e Civil têm feito buscas pelo atirador, mas sem sucesso. Três suspeitos foram ouvidos e tiveram a participação descartada até o momento”, comenta o delegado Clealdon Júnior.