Imagens feitas por drones mostram o momento em que a tempestade começa a encobrir a Serra do Amolar. Meteorologista explica que linha de instabilidade de nuvens levantaram a poeira do local.
Por José Câmara, Lucas Lelis, g1 MS e TV Morena
Vídeos feitos por drones mostram o momento em que uma tempestade de poeira “engole” o principal santuário de biodiversidade do Pantanal de Mato Grosso do Sul, a Serra do Amolar, nesta sexta-feira (29). Assista ao registro acima.
O vídeo foi feito por volta das 18h30 (horário local). Nas imagens é possível ver uma densa curtinha de poeira encobrindo a Serra do Amolar, na região do Acurizal. Há possibilidade da nuvem ter levantado cinzas que ficaram ao solo após as queimadas deste ano no bioma.
Voluntários do Instituto Homem Pantaneiro (IHP) fizeram o vídeo do fenômeno que durou cerca de 1 hora. Em minutos, a densa cortina de poeira encobre o local que abriga uma fauna e flora singulares.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/V/z/41GDdtTuCJdMA0FUNLBA/whatsapp-image-2023-12-29-at-18.50.50.jpeg)
Nuvem de poeira encobre região da Serra do Amolar. — Foto: IHP/Reprodução
De acordo com a meteorologista da ClimaTempo Josélia Pegorim, o vídeo registra uma forte linha de instabilidade. “A linha de instabilidade é um conjunto de nuvens do tipo cumulonimbus que se deslocam ao mesmo tempo, juntas”.
A meteorologista explica que a cortina de poeira acontece a partir da combinação de ventos fortes e altas temperaturas.
“Estes ventos fortes atuando em uma grande área onde o solo está seco e a poeira está solta, levantam esta poeira. A medida que a linha de instabilidade avança vai empurrando a cortina de poeira, que vem antes da chuva”, explica a meteorologista.
