65% dos diplomados são oriundos de escolas públicas do MS
A Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) completa 30 anos de criação nesta quarta-feira (20) em plena expansão, presente em 30 cidades de MS e somando mais de 20 mil diplomados. A UEMS tem a honra de ressaltar que é a Universidade do povo de Mato Grosso do Sul, pois 65% dos acadêmicos diplomados nas graduações são oriundos de escolas públicas de Mato Grosso do Sul.
A UEMS nasceu, em 1993, com a meta inicial de formar professores para fortalecer a educação básica do interior do Mato Grosso do Sul. Com isso, das 18 ofertas de cursos, 11 eram licenciaturas, com 830 matriculados no total.
Já em 2023, são cerca de 7,5 mil acadêmicos matriculados, em mais de 70 cursos (bacharelados, licenciaturas e tecnológicos), que são ofertados de forma presencial e na modalidade da educação a distância, em polos da Universidade Aberta do Brasil – UAB. Presente em 15 cidades de MS com unidades universitárias físicas e mais dois municípios com ofertas de cursos (Costa Rica e Bataguassu), além de 13 municípios com polos de Educação a Distância pela UAB.
O reitor da UEMS, Laércio Alves de Carvalho, ressalta que esse ano de comemorações dos 30 anos da Universidade foi altamente positivo com muitas conquistas. Iniciou-se o ano com a chegada de dois novos ônibus, com ampliação dos valores de auxílios da UEMS comparando com o auxílio no âmbito nacional, também investimentos em cursos de graduação e pós-graduação.
O reitor da UEMS, Dr. Laércio Alves de Carvalho, ressalta que é motivo de muito orgulho e alegria chegar aos 30 anos com avanço em todas as áreas da Universidade, em todos os indicadores, principalmente, no que tange a ampliação de investimentos internos.
“Tivemos mais de R$ 80 milhões investidos nos últimos anos, seja recurso do Governo do Estado, da Bancada Federal, Bancada Estadual, parcerias com Prefeituras, Sudeco, captações externas, CNPQ, FNDE, FINEP. Principalmente, o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul que investiu não só em infraestrutura, mas também na ampliação de valores e quantitativos de bolsas e auxílios da nossa Universidade, dando um salto qualitativo, colocando hoje a UEMS entre as maiores universidades que apoiam a permanência estudantil. Que possamos, em 2024, ampliar nossa atuação, principalmente, na extensão, na internacionalização e na inovação, mantendo e ampliando também a qualidade dos cursos que nós oferecemos”, ressalta o reitor da UEMS, Laércio de Carvalho.
Ao longo das décadas, a graduação consolidou-se e deu-se início a era da verticalização e fortalecimento de toda estrutura conquistada, para constituição da pós-graduação na universidade. Atualmente, a UEMS conta com quatro doutorados, 17 mestrados e 12 especializações lato sensu.
Em 2023, a UEMS registrou o maior salto em relação a aprovação de novos programas de pós-graduação pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), somando mais dois doutorados e três mestrados: Doutorado Profissional em Educação, Doutorado Profissional em História e Mestrado em Geografia na Unidade de Campo Grande; Mestrado em Biodiversidade e Sustentabilidade Ambiental, Unidade de Mundo Novo; e Mestrado Profissional em Sociologia, Unidade de Paranaíba.
Os 14 Centros de Pesquisa, Ensino e Extensão (CEPEX), distribuídos em oito cidades de Mato Grosso do Sul, visam ser referência em diversas áreas na Universidade, como educação, recursos naturais, linguagens, ciência animal, agronomia, saúde, engenharias, raça e etnia.
A vice-reitora Luciana Ferreira da Silva ressalta a alegria de poder celebrar os 30 anos da UEMS.
“Desses 30 anos, 25 anos em que faço parte da UEMS pude ver o quanto essa Universidade cresceu, se estruturou na pesquisa, no ensino, na extensão, na internacionalização, mais recentemente, atuando fortemente no interior do estado com um ensino superior de qualidade, inclusivo, gratuito. Então é muito gratificante pensar o quanto essa universidade tem sido fundamental para o desenvolvimento do nosso Estado. Eu desejo vida longa para a UEMS e imagino essa universidade daqui a 30 anos ainda mais madura, mais capilarizada no interior, fazendo a diferença e transformando de verdade a vida das pessoas com o DNA que eu acredito que seja o nosso maior potencial, a nossa maior força que é olhar para o humano, que é o acolher das pessoas que passam por aqui”, destaca Luciana.
A Universidade reserva na graduação 45% das vagas para os sistemas de cotas. A UEMS já completou 20 anos da criação da primeira política de cota, sendo a primeira, em 2002, com a reserva de vagas para indígenas, que teve o percentual de 10%, e em 2003 a reserva de 20% das vagas para negros/as (pretos/as e pardos/as).
“No Brasil, a UEMS foi a primeira universidade a criar cotas para indígenas e a terceira a criar cotas para negros/as”, conforme ressalta a docente da UEMS, Drª. Maria José de Jesus Alves Cordeiro, que foi responsável pela implantação de todas as cotas da UEMS e Pró-reitora de ensino de 2000 a 2005 e de 2019 a 2023. Em 2020, foi incluída a reserva de 10% para Residentes em Mato Grosso do Sul e, em 2022, 5% para pessoas com deficiência e transtornos globais do desenvolvimento (PCD).
A UEMS cresceu exponencialmente nessas três décadas em diversas áreas, teve aumento de cursos, acadêmicos e no número de servidores (docentes e técnicos administrativos), além de mudanças na estrutura organizacional, investimentos na capacitação de servidores, internacionalização, construções, equipamentos e automóveis.
Nos últimos anos, a Universidade conquistou aumento do orçamento financeiro: em 2010 era de R$ 60 milhões; em 2014 passou para 115 milhões; em 2018 o aumento foi para R$ 200 milhões; em 2023 o investimento na educação superior alavancou para R$ 340 milhões. Em 2023 em relação a 2010, o aumento foi de 566,6%.
Com a preocupação constante que seus acadêmicos permaneçam na Universidade e concluam os cursos que iniciaram, a UEMS sempre busca o fortalecimento das políticas de permanência estudantil.
Neste ano, de 2023, a Universidade teve uma grande conquista, que são os reajustes com os novos valores de bolsas de Ensino, Pesquisa e Extensão para graduandos e pós-graduandos da Instituição. O reajuste promoveu uma equiparação de bolsas no âmbito nacional, no caso das concedidas na pós-graduação, que passaram a ser equivalentes às concedidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ).
A extensão é uma parte importante da Universidade, é a ação de levar o conhecimento gerado nos espaços acadêmicos para a sociedade. Em 2023, a UEMS atendeu diretamente 320.652 pessoas e indiretamente mais de 960 mil pessoas, em cerca de 200 ações de extensão (projetos, programas, cursos e eventos).
Os projetos de extensão estão em todas as áreas de conhecimento: educação, cultura, comunicação, saúde, direitos humanos, entre outros. Só neste ano, de acordo com a Divisão de Extensão (PROEC/UEMS), 2.415 pessoas da comunidade acadêmica da Universidade, entre docentes, técnicos administrativos, discentes e bolsistas dos programas PIBEX, PIBEXin e ENEPEX, se envolveram nas atividades de extensão.
A internacionalização no Ensino Superior reveste-se de importância por permitir a integração das instituições com a comunidade científica global e impactar os processos de ensino, pesquisa, inovação e competitividade.
Por isso a UEMS, atualmente, possui convênios bilaterais com 20 instituições de ensino superior nos continentes da América do Sul, América do Norte, Europa e África, abrangendo os países da Angola, Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, Itália, Paraguai, Uruguai, México e Portugal. Além disso, a UEMS integra redes de cooperação internacional.