Segundo a instituição, os casos tratados são de um homem e uma mulher que também foram infectados com a Covid.
Por Flávio Dias e José Câmara, G1 MS
Sociedade de Microbiologia do Paraguai identifica dois casos de ‘Fungo Preto’ no país. — Foto: Sociedade de Microbiologia do Paraguai/Divulgação
O Paraguai registrou dois casos de mucormicose, doença também conhecida como “fungo preto”, em um homem e uma mulher que contraíram a Covid-19, é o que afirmou o presidente da Sociedade de Microbiologia do Paraguai, o médico José Pereira Brunelli.
O especialista paraguaio disse que os casos foram registrados em uma mulher que contraiu, residente da região de Coronel Oviedo, e o outro caso é de um homem é da região central do país. As cidades onde os casos foram encontrados são distantes de Ponta Porã, cidade de Mato Grosso do Sul que faz fronteira com o Paraguai.
Nessa quinta-feira (27), o Uruguai também registrou um caso da doença e trata-se de um homem diabético que dias antes havia se recuperado da covid-19, reproduzindo um quadro que disparou alarmes na Índia.
Conforme Brunelli, ainda não há uma confirmação oficial do Ministério da Saúde do Paraguai, porém, a detecção dos casos pela Sociedade de Microbiologia paraguaia, atesta a presença do fungo preto no país.
Ainda de acordo com o médico, um dos casos trata-se de infecção pulmonar e o outro como mucormicose bocal. O especialista não pode detalhar quais infecções são relacionadas aos pacientes.
Mesmo com dois casos, Brunelli contou ao G1 que o Ministério de Saúde paraguaio tem ciência dos casos a pelo menos sete dias.
” Estou preparando um informe para o ministério publicar. Já sabemos desse caso há uma semana. As pessoas do Ministério da Saúde já sabem e só falta o informe oficial do Ministério de Saúde. A confirmação é da sociedade e do hospital associado ao Ministério da Saúde que investiga estes casos”, disse.
Diante dos casos, o especialista destaca que este momento inicial é para “ampliar a consciência do pessoal da saúde e alertar a população, mas sem necessidade de alarde”, finaliza.
O G1 tentou entrar em contato com o Ministério da Saúde do Paraguai, mas até o fechamento desta matéria, não houve respostas.