As postagens são de internas do Estabelecimento Penal Feminino ‘Irmã Irma Zorzi’, em Campo Grande. O serviço de inteligência da Agência Penitenciária (Agepen) investiga os casos.
Por g1 MS
Detentas compartilham a imagens nas redes sociais de dentro dos penitenciária. — Foto: Reprodução
Detentas do Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi”, em Campo Grande, têm usado de várias redes sociais para compartilhar a rotina de dentro do presídio fechado. De forma irregular, as internas postam fotos nas plataformas digitais e até comentam a rotina no local: “A maior prisão é a mente”; “Saudade de vocês”. Veja as fotos acima e no decorrer da reportagem.
Além de compartilhar a rotina nas redes, as internas usam lençóis para tampar a cela e descaracterizar o local. Em uma das postagens, uma interna diz estar “se sentindo sentimental”.
Detenta demonstrou saudades nas redes sociais. — Foto: Reprodução
A Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) confirmou que as imagens são de detentas do presídio fechado que fica em Campo Grande. A agência destacou que já “tomou providências referentes às internas identificadas”.
Entre as medidas, as detentas foram afastadas dos trabalhos internos – que eram usados para remir pena – e inclusas em Procedimentos Disciplinares do Interno (Padic). A Agepen não soube informar a data em que recebeu as denúncias do usos de celulares e quantas internas responderão às decisões.
Nas redes sociais, detentas compartilhavam a rotina na cadeia. — Foto: Reprodução
As celas do Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi” passaram por vistorias, e inúmeros celulares foram apreendidos. Com isso, a pena das detentas encontradas com celulares e que apareceram nas redes sociais terão acréscimos na pena total.
O caso é investigado pela Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário (Gisp). Outra apuração feita pela setor é a forma com que as detentas tiveram acesso aos aparelhos celulares.
TikTok, Facebook, Instagram e WhatsApp são usados pelas detentas do presídio. — Foto: Reprodução
“Para tentar evitar o acesso de celulares às internas, o presídio conta com scanner corporal e escâner de esteira para revista de pessoas e objetos que adentram o presídio. Além disso, é importante destacar que operações pente-fino são realizadas rotineiramente na unidade prisional com o objetivo de apreender ilícitos. A utilização de celular por interna é considerada falta grave ocasionando maior tempo de permanência na prisão”, finalizaram em nota.