O real preso foi solto em menos de 24h após ter sido flagrado com mais de meia tonelada de cocaína, em Corumbá (MS). A confusão não gerou problemas e o suspeito segue respondendo em liberdade.
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Apreensão de droga, em Corumbá (MS) — Foto: PRF/Divulgação
Um erro de digitação em um documento judicial concedeu liberdade provisória ao delegado da Polícia Federal Estevão Vaesso Gabriel de Oliveira, quando o real preso era Renato Gama de Jesus, motorista flagrado transportando 545 kg de cocaína em Corumbá (MS).
O erro apareceu já no início do documento, que citava:
“Cuida-se de comunicação de prisão em flagrante de Estevão Vaesso Gabriel de Oliveira, em razão da prática, em tese, do delito previsto […]”.
A Polícia Federal (PF) afirmou ao g1 que o erro foi apenas de digitação e não causou nenhum prejuízo processual.
Liberdade em 24h
O flagrante ocorreu no sábado (10), e a liberdade provisória foi concedida ao motorista no domingo (11), às 20h08. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a carga apreendida era de 545,3 kg de cocaína.
A abordagem aconteceu na BR-262, em Corumbá. Durante a fiscalização, o motorista demonstrou nervosismo e não soube informar a origem da carga. Após a descoberta da droga, ele confessou que entregaria o caminhão no interior de São Paulo.
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) informou que a decisão foi tomada pelo juiz plantonista Maurício Cleber Miglioranzi Santos, que considerou desnecessária a prisão preventiva. O magistrado também avaliou que não havia indícios de que o motorista fizesse parte de uma organização criminosa.
Como condições para a liberdade provisória, o réu deve:
- Manter o endereço atualizado;
- Comparecer a todos os atos processuais;
- Não ter contato com testemunhas do caso.