Especialista recomenda uso de máscaras de proteção para diminuir a inalação de partículas finas. Além do Paraná, Santa Catarina e São Paulo, fumaça pode ser vista por satélites em outros países.
Por José Câmara, g1 MS
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Fumaça do Pantanal se espalha pelo Brasil e até para outros países. — Foto: Programa Queimadas-INPE/Reprodução
Há mais um mês o Pantanal arde em chamas. Com mais de 3 mil focos de calor neste mês, um dos principais resíduos do fogo, a fumaça, tem se espalhado para além da região do bioma. Imagens captadas por satélites mostram o avanço da névoa para região Sul e Sudeste do país.
As imagens são do satélites do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A névoa de fumaça tem avançado principalmente para São Paulo, Paraná, Santa Catarina e no norte do Rio Grande do Sul.
Em algumas cidades do noroeste do Paraná, como Paranavaí, é possível perceber a mudança no céu, que apresenta aspecto mais cinza desde quinta-feira (16).
O doutor em geofísica espacial e professor do Instituto de Física da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Widinei Alves Fernandes, explica que o corredores de nuvens têm facilitado a chegada da névoa em outros estados brasileiros e até em países fronteiriços, como Paraguai e Bolívia.
“O aumento de fumaça foi devido a chegada dessa pluma, em decorrência das queimadas que ocorreram no Pantanal e também na Amazônia. Isso mostra que a poluição do ar é um problema transfronteiriço, ou seja, que regiões relativamente distantes podem impactar outras regiões. Identificamos nesse momento uma condição moderada já aumentando, podendo chegar até uma concentração de ruim mais tarde”, detalha o pesquisador