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Governo Federal emite alerta de emergência hídrica para Mato Grosso do Sul

Por José Câmara, G1 MS

Margens do Rio Paraná, em Mato Grosso do Sul — Foto: Imasul/Reproduação

Margens do Rio Paraná, em Mato Grosso do Sul — Foto: Imasul/Reprodução

O Governo Federal, por meio do Sistema Nacional (SNM), emitiu alerta de emergência hídrica, nessa quinta-feira (27), prevendo pouca chuva para o período de junho a setembro em Mato Grosso do Sul. É a primeira vez que um alerta assim é emitido, o que preocupa o SNM.

A emissão do alerta para o estado segue para Minas Gerais, Goiás, São Paulo e Paraná, e foi feito em decorrência da previsão de pouca chuva entre os meses de junho a setembro deste ano, na região da bacia do Rio Paraná.

A emergência antecipa um possível alerta, associado à escassez de precipitação (chuvas) para a região hidrográfica.

O alerta foi emitido após o acompanhamento do SNM que aponta “que as perspectivas climáticas para 2021/2022 indicam que a maior parte da região central do país, a partir de maio até final de setembro, entra em seu período com menor volume de chuvas (estação seca)”.

Em análise feita pelo SNM, a quantidade de chuva registrada entre outubro de 2019 e abril de 2021 para a bacia do Rio Paraná indicaram de forma predominante um déficit nas precipitações.

“Essa condição se mantém no mês atual [maio], com acumulado parcial de 27 milímetros para a bacia, ou seja, abaixo do acumulado climatológico que é de 98 milímetros. Analisando o índice de precipitação padronizado (SPI), que indica déficit ou excesso de precipitação para diferentes escalas temporais”, relataram no alerta.

Para o SNM, a situação das regiões estão em um patamar que vai de moderado a extremo, o que reforça a importância das previsões meteorológicas na antecipação e na redução de riscos para a população.

Ao G1, o Ministério de Minas e Energia pontuou que esse “objetivo é garantir que, mesmo com poucas chuvas, seja mantido um volume de água suficiente tanto para geração de energia elétrica quanto para os demais usos da água. Sem um controle adequado das vazões, podem ocorrer impactos a todos os usuários”.

Nesse sentido, para o Ministério, manter o máximo possível de água nos reservatórios é prioridade. “Além de manter o estoque das usinas de cabeceira, estão sendo tomadas ações para aumentar a disponibilidade dos recursos termelétricos, a gás natural, biomassa e a óleo combustível”.

Diante do alerta do SNM, os especialistas temem uma possível crise hídrica, até mesmo em decorrência das poucas chuvas. O meteorologista Natálio Abrahão disse que é fato que as precipitações estão menores e a chuva virá em menos quantidade nos próximos meses.

Para Natálio, o alerta deve ser levado à população. “Com certeza pouca chuva já vem do mês de março, abril e agora estamos vendo em maio”.

O Ministério de Minas e Energia disse que não há a previsão de contratação emergencial de energia. Diante da situação e alerta, “pretende é buscar a redução dos custos de geração do sistema, de forma a gerar o menor impacto possível aos consumidores”, destacaram.

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