Crime ocorreu em 2018 e teria ocorrido por um desentendimento em uma boate entre o empresário e Jamil Name Filho, que é acusado de chefiar a milícia ao lado do seu pai, Jamil Name.
Por G1 MS
Marcel Colombo, em foto nas redes sociais, antes de ser preso pela PF em dezembro de 2017 — Foto: Reprodução/TV Morena
A Polícia Civil concluiu a investigação sobre o assassinato do empresário Marcel Colombo, conhecido como Playboy, em outubro de 2018, em Campo Grande, e identificou a participação de 7 pessoas que estariam supostamente ligadas ao crime. Entre elas os empresários Jamil Name e seu filho, Jamil Name Filho, que são acusados de chefiarem uma milícia que agia em Mato Grosso do Sul.
Os dois estão presos, por conta de outras acusações na penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. A defesa de Jamil Name disse que ainda não comunicada sobre o fim das investigações.
Além de Jamil Name e Jamil Name filho, um outro integrante da milícia, o ex-guarda-municipal Marcelo Rios, que é acusado de ser um dos gerentes da organização criminosa, também foi citado no inquérito policial. Ele está preso na penitenciária federal em Campo Grande.
A investigação sobre a morte de Playboy avançou como um desdobramento da operação Omertá, realizada por uma força-tarefa que envolveu o MP-MS e várias unidades policiais e levou a desarticulação da milícia em setembro do ano passado.
Segundo esta mesma testemunha, a execução do empresário, ocorrida em 18 de outubro de 2018, teria partido de Jamil Name Filho, apontado como um dos líderes da milícia, em função de uma briga ocorrida anos antes entre eles.
Já outra pessoa contou à força-tarefa que viu a briga entre os dois em uma boate. Em depoimento ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o pai do estudante Matheus Xavier, supostamente executado pelo grupo, o ex-capitão da PM, Paulo Roberto Xavier, que já teria trabalhado para os Name, narra como foi a briga na boate.
“Jamil Filho acabou arranjando uma confusão com um homem que pegou um pedaço de gelo no balde de bebidas de Jamil Filho e então este foi tirar satisfações. O homem, por ser mais alto, apenas segurou Jamil Filho, que tem baixa estatura, vindo a empurrar seu rosto, o que ocasionou um sangramento. Contudo o homem não chegou a dar nenhum soco e então, todos separaram os dois”, disse Xavier no depoimento.
Ele disse ainda que no outro dia, Jamil queria saber de qualquer jeito quem era o homem com quem havia se desentendido, até que conseguiram identificá-lo como Marcel.
O inquérito da Polícia Civil segue agora para o Ministério Público Estadual (MP-MS), que depois de analisar o processo deve apresentar ou não denúncia contra os 7 suspeitos à Justiça. Se aceita, a denúncia se transforma em um processo contra o grupo.
A reportagem também tentou contato com os advogados de Jamil Name Filho e de Marcelo Rios, mas até a atualização mais recente da matéria não obteve o retorno.