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Justiça bloqueia R$ 18 milhões de empresa de capitalização por suspeita de lavagem de dinheiro do jogo do bicho em MS

Por G1MS e TV Morena

Policiais cumprem mandados em endereços ligados ao deputado Jamilson Name — Foto: Luana Rodrigues/TV Morena

Policiais cumprem mandados em endereços ligados ao deputado Jamilson Name — Foto: Luana Rodrigues/TV Morena

A Justiça de Mato Grosso do Sul mandou lacrar, nesta quarta-feira (2), a Pantanal Cap, empresa de capitalização no estado, por suspeita de lavagem de dinheiro do jogo do bicho, proibido por lei. A Justiça ainda determinou o bloqueio de R$ 18 milhões de reais da empresa, que pertence à família do deputado estadual Jamilson Name (sem partido), em ação que faz parte da sexta fase da Operação Omertà, deflagrada para desmantelar uma organização criminosa suspeita de execuções em Mato Grosso do Sul.

No prédio da Pantanal Cap, policiais e promotores passaram nove horas vasculhando documentos e deixaram o local com malotes. A casa onde Jamilson mora também foi alvo de buscas. Nela, os policiais apreenderam malotes com documentos, além de computadores e dinheiro. Foram expedidos nesta quarta, 17 mandados de busca e apreensão e 13 de prisão, que seriam de gerentes e subgerentes do jogo do bicho, conforme as investigações. Os presos foram levados para o Garras e depois encaminhados a presídios da capital.

Jamilson Name é filho de Jamil Name, que está preso desde o ano passado em Mossoró (RN), acusado de chefiar uma organização criminosa ligada ao jogo do bicho, homicídios, extorsão, corrupção de agentes públicos e tráfico de armas. O advogado Gustavo Passarelli, que representa o deputado, disse que Jamilson foi alvo de busca e apreensão e que os promotores levaram objetos e documentos que acreditam ser importantes pro processo. Mas afirmou que o deputado está tranquilo quanto à legalidade de seus atos e que vai colaborar com as investigações.

Operação Omertà

A primeira fase da operação Omertá foi deflagrada em setembro de 2019. A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul e o Gaeco prenderam empresários, policiais e, na época, guardas municipais, investigados por execuções no estado.

A suspeita é que o grupo supostamente comandado por Jamil Name e o filho, Jamil Name Filho tenham executado pelo menos três pessoas na capital sul-mato-grossense, desde junho de 2018. Outras mortes também estão sendo investigadas.

A última morte atribuída ao grupo até o momento é do estudante de Direito Matheus Coutinho Xavier, de 19 anos. Ele foi atingido por tiros de fuzil no dia 9 de abril, quando manobrava o carro do pai, na frente de casa, para pegar o dele e buscar o irmão mais novo na escola.

Pouco mais de um mês depois, no dia 19 de maio de 2019, policiais do Garras e do Batalhão de Choque da Polícia Militar (BpChoque) apreenderam um arsenal com um guarda municipal, em uma casa no Jardim Monte Libano. Foram apreendidos 18 fuzis de calibre 762 e 556, espingarda de calibre 12, carabina de calibre 22, além de 33 carregadores e quase 700 munições.

Segundo as investigações do Gaeco, esse arsenal pertencia ao grupo preso na operação Omertà. A força-tarefa investiga se as armas foram usadas em crimes de execução nos últimos meses.

Chegada de Jamil Name, apontado pelo Gaeco como um chefes da milícia que agia em MS, ao Centro de Triagem, em Campo Grande — Foto: Reprodução/TV Morena

Chegada de Jamil Name, apontado pelo Gaeco como um chefes da milícia que agia em MS, ao Centro de Triagem, em Campo Grande — Foto: Reprodução/TV Morena

 

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