Equipes cumpriram mandados de busca e apreensão em condomínios de alto padrão em Campo Grande e Rio Brilhante. Grupo investigado é suspeito de fraudar documentos com ajuda de servidores públicos para se apropriar de terras situadas no Parque Estadual do Rio Negro
Por Loraine França, g1 MS e TV Morena
A Polícia Federal desencadeou nesta quinta-feira (8) a operação Pantanal Terra Nullius, que investiga esquema de grilagem de terras da União no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Ao todo, foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão em condomínios de luxo em Campo Grande e 1 em Rio Brilhante.
Nas buscas foram apreendidos carros de luxo, relógios e R$600 mil em espécie. A justiça também determinou o sequestro de bens e bloqueios que superam R$3 milhões.
O grupo investigado é suspeito de fraudar documentos para se apropriar de terras do Parque Estadual do Rio Negro.
A PF suspeita, ainda, que além da participação de empresários e fazendeiros, servidores públicos da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural de Mato Grosso do Sul (Agraer) também teriam atuado no esquema. O governo estadual de manifestou sobre o caso em nota (leia a íntegra mais abaixo).
O g1 apurou que nove pessoas são alvo da operação:
- Mário Maurício Vasques Beltrão, engenheiro cartógrafo – Sócio da empresa Toposat Engenharia Ltda.
- Bruna Feitosa Beltrão Novaes, engenheira sanitarista e ambiental – sócia da empresa Toposat Engenharia Ltda
- Gustavo Feitosa Beltrão, advogado – sócio da Toposat e advogado das áreas cível, imobiliária, agrária, ambiental e empresarial
- Nelson Luis Moia, ligado a empresa Toposat Engenharia Ltda.
- Elizabeth Peron Coelho, empresária e pecuarista
- André Nogueira Borges, ex-diretor-presidente da Agraer
- Evandro Efigênio Rodrigues, funcionário da Agraer
- Jadir Bocato, gerente de Regularização Fundiária da Agraer
- Josué Ferreira Caetano, funcionário da Agraer
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Dinheiro em espécie foi encontrado pela PF em um cofre. — Foto: Osvaldo Nóbrega/TV Morena