A vereadora Carolina Yunes Acevedo, presidente da Câmara de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, vai assumir interinamente a administração da cidade, até a realização de novas eleições.
Por g1 MS
Carolina Yunes Acevedo e José Carlos Acevedo, em 2021, durante campanha política em Pedro Juan Caballero — Foto: Redes Sociais
A vereadora Carolina Yunes Acevedo, presidente da Câmara de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, vai assumir interinamente a administração da cidade após o assassinato do prefeito José Carlos Acevedo. Ele teve o carro atingido por diversos tiros no momento em que saia da prefeitura na terça-feira (17), na cidade vizinha a Ponta Porã (MS) e morreu neste sábado (21).
Carolina é esposa do governador do departamento (o equivalente no Brasil a estado) de Amambay, Ronald Acevedo, que era irmão do prefeito assassinado. Ela também é mãe de Haylee Carolina Acevedo Yunis, jovem que morreu aos 21 anos em uma chacina, também em Pedro Juan Caballero.
Em entrevista a uma rádio paraguaia, Carolina falou sobre o medo. “Não sei o que podemos esperar desta gente, se mataram minha filha que não tinha nada a ver e agora ao meu cunhado. Quem será o próximo?”, disse, completando: “estou aterrorizada”, com a violência.
José Carlos está sendo velado desde a madrugada deste domingo na Câmara de Vereadores de Pedro Juan Caballero e será sepultado por volta das 15h, no cemitério Cristo Rei, em Ponta Porã, no jazigo na família. No local também está sepultada a sobrinha, morta no ano passado.
Velório do prefeito de Pedro Juan Caballero, José Carlos Acevedo — Foto: ReproduçãoTV Morena
A cunhada do prefeito assinado deve ficar no cargo até a realização de novas eleições para a prefeitura, como determina a legislação paraguaia.
Nos últimos anos a família Acevedo vem sendo alvo de vários atentados na região:
No dia 26 de outubro de 2010, o então senador Robert Acevedo, irmão de José Carlos (prefeito assassinado de Pedro Juan Caballero) e do atual governador de Amambay, Ronald, sofreu um atentado. Pistoleiros dispararam contra a caminhonete em que estava, próximo a rodoviária de Pedro Juan Caballero. O motorista e o segurança morreram.
Robert recebeu um tiro no braço e outro de raspão na cabeça e na época denunciou que o ataque havia sido planejado por facção ligada ao tráfico de drogas e que sua vida valia US$ 300 mil para os criminosos. Ele morreu de Covid-19, no ano passado.